O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), disse em recente entrevista ao Blog Cenário que caso venha a ser agraciado pelos pernambucanos com uma vaga ao Senado no próximo ano, não vai concorrer nem a Prefeitura do Recife em 2028 e nem ao Governo de Pernambuco em 2030. O compromisso dele é iniciar e terminar o mandato de senador.
O histórico em Pernambuco é de em sua maioria, os senadores sempre dão um jeito de concorrer em eleições seguintes, abrindo expectativas de posse para os suplentes. Mesmo com o histórico recente, o sucesso nas urnas ainda não foi confirmado para termos um suplente assumindo o posto. Foi assim em 1998 quando Carlos Wilson tentou o Governo de Pernambuco depois de ter sido eleito senador em 1994, e também disputou a Prefeitura do Recife em 2000.
Foi assim também com Jarbas que eleito senador em 2006, tentou voltar ao Governo em 2010, Humberto que se elegeu em 2010 e disputou a Prefeitura do Recife em 2012 e Armando Monteiro que depois de se eleger senador em 2010 tentou se eleger governador em 2014 e 2018.
Ao assumir o compromisso de não disputar o Governo e nem a Prefeitura do Recife nos anos seguintes, Silvio Costa Filho promete indiretamente lealdade a quem vai o ajudar a se eleger. No caso, em uma provável vitória de João Campos, ele não teria o senador como concorrente em uma reeleição.
Sem compromisso
O mesmo não pode afirmar a ex-deputada Marília Arraes. Tendo em vista o seu histórico que no cargo de deputada federal eleita em 2018, disputou a Prefeitura do Recife em 2020, é muito provável que ela pense em fazer oposição a João ou Raquel em caso de vitória dela ao Senado, para tentar chegar ao Palácio das Princesas.
Miguel Coelho
Ex-prefeito de Petrolina por dois mandatos, Miguel Coelho não assumiu ainda publicamente um compromisso dessa magnitude. Eleito deputado estadual em 2014, foi eleito prefeito de Petrolina em 2016, e foi reeleito em 2020. Renunciou em 2022 para disputar o Governo de Pernambuco. Logo, Miguel pelo seu histórico, pode sonhar com uma disputa para chefiar o Estado.
Zera o jogo
Em caso de vitória da governadora Raquel Lyra em 2026, o jogo praticamente zera para a eleição seguinte, podendo surgir novos nomes em uma sucessão da gestora em 2030, já que ela não poderia mais disputar um novo mandato. Este é inclusive um cenário que é analisado sempre por quem analisa o crescimento da gestora do PSD. Em caso de vitória em 2026, Raquel mesmo pode vir a disputar o Senado em 2030, tal qual fez Jarbas Vasconcelos em 2006.
Lançamento
Pré-candidato a governador pelo PSOL, Ivan Moraes lança nesta quinta-feira o início da construção do seu plano de governo. Moraes pretende construir o seu plano de gestão com militantes e lideranças de diversos partidos de esquerda.
Silvinho Silva, editor do Blog
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