O PSD, partido comandado pela governadora Raquel Lyra em Pernambuco, planeja no próximo ano se tornar ainda mais forte politicamente no estado. Uma das grandes missões da legenda é reeleger a atual governadora Raquel Lyra em uma disputa histórica contra o atual prefeito do Recife, João Campos, que goza hoje de uma altíssima popularidade não apenas no Recife, mas também em todo o estado pela força nas redes sociais e também por ser filho de Eduardo Campos e bisneto de Miguel Arraes.
O PSD quer também formar uma bancada forte na Câmara Federal e na Assembleia Legislativa. A meta atual é ultrapassar a marca de representantes do PSB nas duas Casas.
Eleger no mínimo seis deputados federais e pelo menos dez deputados estaduais. Com essa presença forte, o partido se tornaria um dos mais fortes em Pernambuco e daria tranquilidade em um novo mandato de Raquel Lyra, caso ela consiga o feito de se reeleger.
Para cumprir esta missão, nomes de peso estão prontos para migrarem para a legenda tão logo chegue o período da janela partidária em março. Ao chegar ao partido e garantir o comando da executiva estadual, Gilberto Kassab disse que quer o partido com pelo menos quatro representantes na Câmara Federal. Na última eleição, em 2022, o partido lançou André de Paula para o Senado, abrindo mão de montar chapas para deputado federal. Desta vez, sob o comando de Raquel será bem diferente. Hoje o partido dispõe da governadora e da vice e alguns secretários estaduais, além de mais de setenta prefeitos e um exército de vereadores. Além de preparar um exército para concorrer as vagas na Câmara Federal e Assembleia Legislativa.
Animado
O prefeito João Campos disse em entrevista a Folha na semana passada que o PSB vai entrar para valer na eleição de 2026, tanto na disputa pela Câmara Federal quanto na Assembleia Legislativa. O pré-candidato a governador disse que está animado e vai arregaçar às mangas para aumentar o número de cadeiras na Câmara e também na Assembleia Legislativa. O ânimo dos aspirantes a estas vagas pelo PSB tem nome e sobrenome: João Campos que lidera os levantamentos ao Governo de Pernambuco.
Repercussão
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro ocorrida no último sábado, movimentou o cenário político de Pernambuco. As lideranças bolsonaristas lamentaram o ocorrido e fizeram postagens criticando o ministro Alexandre de Moraes, enquanto progressistas comemoraram.
Malas prontas
Apesar dos acenos do deputado estadual Aglailson Victor (PSB) a governadora Raquel Lyra com direito a registro em vídeo, lideranças políticas lembram que o parlamentar está afastado do prefeito João Campos e do PSB a algum tempo e espera apenas a janela partidária para ingressar em uma nova legenda.
Afastamento
Aglailson Victor ainda amarga uma derrota eleitoral acachapante na cidade de Vitória para o prefeito Paulo Roberto (MDB) que hoje é um dos principais aliados do prefeito João Campos não apenas na cidade mas também na região. Em 2022, o pai do deputado já havia abandonado o palanque do PSB ainda na campanha eleitoral.
Confraternização
Apesar da guerra pelo comando do MDB de Pernambuco, o ex-governador e ex-senador Jarbas Vasconcelos e o secretário de Relações Institucionais do Recife, Raul Henry estiveram juntos em um momento de confraternização que foi testemunhado pela advogada e filha de Jarbas, Adriana Vasconcelos.
Partido
A confraternização acontece em meio a uma forte discussão sobre o comando da legenda que foi parar nos tribunais. O comando do MDB colocou em lados opostos o senador Fernando Dueire, aliado ao deputado Jarbas Filho e Raul Henry. O encontro foi casual.
Boicote
O deputado federal Eduardo Bolsonaro disse ontem em entrevista a CNN que não exclui a possibilidade de um boicote dos direitistas às eleições gerais do próximo ano caso um membro da sua família não se candidate. Essa "ideia" dificilmente será aceita pelas lideranças do PL que estão em pé de guerra em diversos estados pelas vagas no Senado e na Câmara Federal.
Silvinho Silva, editor do Blog
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