Não é novidade para ninguém que o mês de janeiro não tem sido nada bom para o presidente Lula que vem amargando os piores números de sua gestão. A baixa aprovação do presidente chegou a números preocupantes, jamais vistos na história do próprio Governo Lula. Não este, mas os outros dois: 2003 a 2006 e 2007 a 2010. No auge do famoso escândalo do mensalão, a aprovação de Lula chegou a 28%. Desta vez, segundo o Datafolha, 24%.
Independente do que isso venha a representar em uma disputa presidencial, é importante analisar o que vai ocorrer na eleição estadual principalmente em Pernambuco onde tanto a governadora Raquel Lyra quanto o prefeito João Campos vão apoiá-lo e muito provavelmente querem receber o seu apoio. Mas, caso Lula continue em queda como está, fica difícil imaginar o que vai acontecer futuramente.
O PT terá força suficiente para exigir uma vaga de senador em qualquer uma das chapas como aconteceu nos anos de 2010, 2014, 2018 e 2022? eis a questão. E justamente no ano em que Humberto Costa é a prioridade da legenda em Pernambuco. Desta vez, apesar de ter duas vagas em jogo, são vários os nomes que se apresentam como opção neste momento. É o caso do ministro Silvio Costa Filho, do ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Do ex-senador Armando Monteiro, do deputado federal Eduardo da Fonte, da ex-deputada federal Marília Arraes.
O PT ocupa desde o ano de 2023, duas cadeiras no Senado Federal e colocou como prioridade para o próximo ano a reeleição do senador Humberto Costa, que sem dúvida alguma, é um dos nomes mais fortes do que vem se apresentando neste momento. Além disso, a reeleição de Humberto também é importante para o projeto político do PT e do próprio presidente Lula.
Mas, será que a popularidade em queda do presidente não poderá ameaçar o pleito dos petistas em Pernambuco?
Abrindo portas
O ministro de Pesca e Aquicultura, André de Paula, disse em entrevista a TV NOVA, que o PSD está de portas abertas para a governadora Raquel Lyra, caso este seja o seu destino partidário. "Se ela vir, o PSD não será de Kassab e nem de André, mas será o PSD de Raquel" frisou animado.
Dia da Cannabis
O deputado Coronel Alberto Feitosa votou contra o Projeto de Lei 2357/2024 que cria o Dia Estadual da Cannabis Medicinal. Como presidente da Comissão de Justiça, Feitosa não precisava votar, mas fez questão de se posicionar contra o PL de João Paulo (PT) , não pelo uso medicinal da planta, mas pela apologia do nome cannabis. O parlamentar defende a pauta contra drogas e é autor da Lei que obriga os candidatos aprovados em concursos públicos a apresentarem, no ato da nomeação, exames toxicológicos com janela para detecção mínima de 90 dias.
Aceno
O PT gostou muito do aceno feito pela governadora Raquel Lyra em entrevista ao Canal Livre no último domingo. A gestora mostrou sintonia com a gestão de Lula.
Sem PSDB
Apesar disso, lideranças nacionais já repercutem que será difícil para Raquel se aliar a Lula e continuar filiada ao PSDB já que o partido não pretende se aproximar nem de Lula e nem de Bolsonaro.
Alinhamento natural
O prefeito João Campos tem um certo alinhamento natural com o presidente Lula, embora tenha sido eleito prefeito em 2020 com um discurso anti-Lula e anti-PT e embora tenha se aproximado em 22, negou a vaga de vice ao partido em 2024.
Nós e eles
Apenas o ex-prefeito de Jaboatão é o nome que se apresenta para uma disputa majoritária e que hoje se coloca declaradamente contra o presidente Lula e contra o PT.
A força das redes sociais
A presença de críticas ao Governo Lula nas redes sociais e a repercussão da alta de preços estão ajudando fortemente na queda da popularidade do presidente.
Se recupera
Apesar disso, aliados do presidente em Pernambuco acreditam que ele consegue se recuperar nacionalmente para chegar forte ao pleito do próximo ano.
Silvinho Silva, editor do Blog
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