O prefeito do Recife, João Campos, tem utilizado de vitórias que os partidos da sua coligação na capital obtiveram no interior como se fosse uma matemática simples. Na prática, não é bem assim, uma vez que os grupos são formados de forma independente de acordo com a dinâmica própria que cada município possui.
Quando o socialista estende sua coligação para as outras cidades, ele acaba esquecendo que partidos como o União Brasil (UB), que elegeu nove prefeitos, está em sua maioria na base da governadora Raquel Lyra, à qual o PSB de João Campos se coloca como oposição. Do total de eleitos do UB, sete são publicamente declarados como da base de apoio a Lyra, enquanto um pediu desfiliação e apenas um contou com o apoio de Campos.
Apoios que são do conhecimento de todos, como Lucielle Laurentino, de Bezerros, e Gilvandro Estrela, de Belo Jardim, já seriam suficientes para desmontar o cálculo propagado pelo PSB.
Contas semelhantes acontecem com outros partidos da base do PSB na Prefeitura do Recife, como o PV, que em Itambé elegeu Armando Pimentel, o Republicanos, que em Lagoa do Itaenga teve Dimas Natanael eleito, e o MDB, que chegou à prefeitura com Whashington.
Ao todo, a governadora Raquel Lyra conta 125 prefeitos eleitos com o seu apoio, já incluindo o segundo turno em Olinda e Paulista. São 33 do partido dela, o PSDB, e todos os outros filiados a siglas que integram a base da gestão no Governo do Estado. A contagem ainda subiu para 126 mesmo após o primeiro turno, quando Sergio Colin (MDB), que não recebeu apoio de Raquel na campanha, se declarou publicamente aliado a Lyra.
Mendonça
O deputado federal Mendonça Filho ironizou o fato de João Campos não reconhecer a vitória política da governadora Raquel Lyra e praticamente ignorar a conquista da tucana. “Negar que Raquel foi a grande vencedora da eleição municipal no estado é o mesmo que contestar que João Campos teve uma votação histórica e consagradora no Recife. O prefeito não pode usar sua vitória no Recife como argumento para negar a vitória consagradora da governadora em todas as regiões do Estado”, disse Mendonça.
Distante
O prefeito João Campos tem buscado evitar conversar sobre a possibilidade de disputar o Governo de Pernambuco em 2026. O gestor recifense está de fato aproveitando o vácuo de lideranças nacionais de esquerda e deve investir pesado nesta parcela do eleitorado embora tenha passado uma imagem mais de centro do que de esquerda. O socialista também evitou conversar sobre a polêmica votação do impeachment da ex-presidente Dilma em 2016.
Quem vai?
Em conversa com o Blog, algumas fontes observadoras da política dizem que o cenário atual aponta para uma polarização estadual entre Raquel Lyra e João Campos. "Se o prefeito do Recife declinar de entrar na disputa pelo Governo em 2026, ficaremos sem um nome natural" avaliou.
André Ferreira
A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou ontem, Projeto de Lei, de autoria do deputado federal André Ferreira (PL), que inclui no rol de procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) exames laboratoriais e de imagem para diagnóstico e acompanhamento de pessoas com doenças raras de causa genética.
Ponto para Raquel
Segundo um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM), em 17 dos 26 estados, o partido do governador também venceu a maior quantidade de prefeituras. Os únicos estados onde isso não ocorreu foram Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. Em Pernambuco, o PSDB da governadora Raquel Lyra saltou de cinco para 32 prefeituras.
Silvinho Silva, editor do Blog
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