De acordo com o tribunal, foi observada discrepância no valor contratado pela prefeitura para a realização dos serviços, de cerca de R$ 800 mil, e o total pago acumulado, em torno de R$ 10 milhões.
A auditoria revelou, entre outras irregularidades, que a prefeitura "sonegou o acesso à informação" em relação aos pagamentos feitos à Opa Locações, bem como autorizou a liberação de recursos à empresa por poços não executados e falhas no processo licitatório. "O prefeito [Ricardo Ramos] cerceou a população rural de Ouricuri do direito fundamental de acesso à água, além de causar prejuízo ao erário", concluiu o conselheiro Ranilson Ramos no processo 23100984-7.
Ainda segundo o tribunal, além de os poços contratados pela gestão municipal não terem sido perfurados, "as 'listas de beneficiários' [apresentadas pela prefeitura] configuram documentos fabricados e ideologicamente falsos", tendo sugerido aplicação de multa ao prefeito Ricardo Ramos.
A Prefeitura de Ouricuri não se manifestou publicamente sobre a denúncia do TCE-PE. O espaço segue aberto.
0 Comentários