Coluna do Sábado: PSB se perdeu no caminho

Resultado de imagem para Felipe Carreras
Felipe Carreras x PSB. Até quando?

O PSB aplicou uma penalidade ao deputado federal Felipe Carreras: Suspensão. Não quiseram expulsá-lo. A verdade é que se dependesse de Carlos Siqueira a caneta teria vadiado e Felipe e os demais companheiros de partido teria se desabrigado da legenda e ido para outros caminhos. No entanto, Pernambuco salvou o mandato de todos. Simplesmente por medo de que Felipe causasse um estrago na campanha do seu colega João Campos que concorrerá a Prefeitura da Capital. 

Felipe expulso do PSB a fila de partidos já estava completa, loucos para abrigá-lo e ter um candidato forte e competitivo. O PSDB é um dos partidos que sonha em ter o parlamentar nos seus quadros. Outro partido, o MDB, foi oferecido pelo deputado Raul Henry que já foi companheiro de chapa de Paulo Câmara. Felipe, caso viesse a ser expulso ganharia não só o direito de procurar outra legenda, mas também um discurso de vítima. De quem foi expulso. 

E não é pra menos. Felipe Carreras é um quadro que vem se preparando para ser o sucessor de Geraldo Júlio desde antes da reeleição. Mas no PSB é regra que ninguém pode passar por cima de João Campos. Um parlamentar que está deixando muito a desejar. Sejamos sinceros: A deputada federal Marília Arraes (PT) dentro de seu campo está dando um banho em João Campos. Marília é uma deputada de posicionamento firme e o seu primo, João, é um deputado sem sal.

Agora veja só que contradição dentro do próprio PSB: Em 2014, Eduardo Campos então candidato à presidência defendeu com unhas e dentes um plano de governo que era ousado para o Brasil. E entre os planos de Eduardo um deles era a reforma da previdência que Felipe votou a favor e está sendo penalizado pelo partido. Então, o Felipe Carreras que foi eleito em 2014 e reeleito em 2018 está recebendo uma cobrança por aquilo que ele defendeu em 2014 quando foi eleito. O PSB defendia algo em 2014 e em 2018 já defendeu outra completamente diferente. Ou os caros leitores já esqueceram de Roberto Amaral que em 2015 pediu desfiliação por considerar que o PSB rasgou sua história. 

Presidente do PSB até outubro de 2014, o ex-ministro de Ciência e Tecnologia Roberto Amaral anunciou sua desfiliação do partido que ajudou a refundar em 1985. Em carta dirigida à militância da legenda, Amaral afirma que o PSB mergulhou numa crise ética ao trair seu programa partidário e se aliar à “classe dominante” e ao “golpismo”.

Então veja bem: O PSB foi oposição a Dilma em 2013 e 2014. Depois de 2015 até 2016. Apoiou o impeachment de Dilma, mas não aceitou fazer parte do Governo dele. Depois, na campanha de 2018, colocaram em Armando a pecha de "golpista" quando Armando votou contra o impeachment. Aproveitaram a ainda fraca memória do povo. E agora, novamente. Se Roberto Amaral abandonou o PSB por ele ter se tornado "atualizado" e mais "liberal", Felipe Carreras está sendo penalizado justamente por votar naquilo que ele acredita ser o melhor para o momento. E não tem nada a ver com apoio a Bolsonaro. Mas propostas que são importantes na área econômica no Brasil.

O PSB é um partido de grandes nomes, mas infelizmente a direção do partido por conta de interesses pessoais de algumas "estrelas" não sabem para onde vai. Isso pega mal para o partido que está cada dia mais distante da realidade brasileira e mais próximo de um velho pragmatismo político que não faz bem a quem defendeu até alguns dias "a nova política".


Postar um comentário

0 Comentários