CAMARAGIBE: Prefeito intimado para depor no Draco e vereador dá parecer pela cassação

O prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira, é investigado por desvio e prestará depoimento. Foto: Reprodução/Facebook

Demóstenes Meira foi intimado para esclarecer pontos que levam a Polícia Civil a crer que há um esquema criminoso na prefeitura

Polêmico e alvo de dezenas de investigações, o prefeito de Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), deverá prestar depoimento no Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) nos próximos dias.  Ele foi intimado pela delegada Jéssica Ramos para esclarecer pontos obscuros que levam a Polícia Civil a crer que há um esquema criminoso que teria desviado cerca de R$ 30 milhões dos cofres da prefeitura. O depoimento aconteceria na tarde desta terça-feira (30), mas foi remarcado. A nova data ainda não foi divulgada. 

Além das suspeitas de desvio, o gestor terá que se defender também na Câmara dos Vereadores. É que o vereador e relator do pedido de impeachment, Délio Junior, apresentou nesta terça-feira o voto pela admissibilidade do processo. O parecer foi lido no plenário da Casa. No documento, o legislador disse que foi identificada a plausibilidade da denuncia que aponta para a irresponsabilidade do chefe do Executivo Municipal na forma como executou a política local.

Meira terá 15 dias para apresentar defesa. Depois, a comissão formada por três vereadores para analisar o caso irá elaborar um relatório e o pedido seguirá para votação em plenário. O pedido de cassação foi aprovado no legislativo da cidade no dia 26 de fevereiro durante uma tumultuada sessão. Entre os indícios de irregularidades apresentados no requerimento estão áudios compartilhados por Demóstenes no WhatsApp ordenando que os ocupantes de cargos comissionados comparecessem ao show de sua noiva, a cantora Taty Dantas, no bloco Canário Elétrico.

Relembre alguns inquéritos que envolvem Meira

Meira e outros 19 servidores foram alvos, no fim de março, da Operação Hárpalo, que culminou no afastamento o secretário de Serviços Públicos e Infraestrutura , Silvano Queiroz. Na época, a prisão preventiva de Meira cegou a ser solicitada, mas foi negada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco. Na ocasião foram apreendidos computadores, documentos, uma BWM e outros carros de luxo.

Já em abril deste ano, a promotora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Mariana Vila Nova, abriu investigação para apurar a suposta contratação de uma empresa fantasma. Também há indícios de superfaturamento em contratos para fornecimento de materiais de construção. Um deles custava quase dois milhões e teria sido firmado com uma empresa de fachada. A suspeita do TCE é de que tenha havido desvio de produtos ou emissão de notas fiscais com entrega fictícia.

Do site OP9

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