PSB assassina seu melhor quadro em Minas Gerais

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O Partido Socialista Brasileiro acaba de assassinar o seu melhor quadro político em Minas Gerais, o ex-prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda. Ele estava com sua campanha para o governo estadual nas ruas havia mais de 120 dias e, segundo a última pesquisa do Datafolha, tinha 10% de intenções e voto, uma largada considerável antes do início da propaganda política da TV e num Estado que tem aproximadamente 850 municípios. No entanto, às vésperas de fazer a convenção foi surpreendido com a intervenção no diretório estadual decretada pelo presidente Carlos Siqueira, um dirigente bisonho, inexpressivo, sem votos, que jamais poderia ter sentado na cadeira que pertence a Miguel Arraes e a Eduardo Campos. Tudo em nome de uma “aliança nacional” com o PT, para pegar carona na popularidade de Lula em Pernambuco, quando deveria, por coerência, fundir-se logo com o Partido dos Trabalhadores, pois, a exemplo do PCdoB, só faz agora o que os petistas querem. Pois bem, Lacerda ficou tão decepcionado com a intervenção decretada no seu diretório que anunciou ontem a sua saída definitiva da vida pública, ou seja, não pretende mais disputar eleições. O senhor Siqueira deveria saber que um quadro político não se forma da noite para o dia e que Márcio Lacerda é quem poderia dar vida ao PSB em Minas Gerais. O seu argumento para decretar a intervenção é de uma cretinice cavalar: Lacerda não poderia ser candidato porque estava se aliando ao MDB, partido que não está no rol das legendas autodenominadas de “centro-esquerda”. Ora, por acaso o governador Paulo Câmara não está aliado com o MDB em Pernambuco? E a que partido pertence o deputado Jarbas Vasconcelos, candidato a senador na chapa da Frente Popular? Por esse erro político o PSB vai pagar caro. E mais caro ainda se esse Fernando Haddad ganhar a eleição e for um segundo Dilma Rousseff. Esse filme está muito claro na cabeça de muitos: Haddad vai para o segundo turno, derrota Bolsonaro e nos primeiros dois anos de governo deixará o país pior do que o que se encontra hoje. E aí veremos muitos “socialistas” pulando do barco e fazendo o que fizeram com Dilma Rousseff. Do outro lado estará Jarbas, caso seja eleito senador, dizendo o seguinte: “Não tenho nada a ver com isto. Meu candidato foi Geraldo Alckmin”.

Golpe – De Mário Lacerda (sem partido) sobre a intervenção no PSB/MG: “Esse golpe foi da direção nacional do PSB fazendo um acordo com o PT, que considero nocivo aos interesses do partido, evitando um possível apoio a Ciro Gomes, e priorizando a reeleição do governador Paulo Câmara (PSB), em Pernambuco, com a retirada da candidatura da Marília Arraes (PT) ao governo. Sacrificou-se a possibilidade da vitória do partido em um Estado muito importante. O PSB se apequenou, perdeu uma oportunidade de crescer eleitoralmente e no respeito da opinião pública”.

(INALDO SAMPAIO)

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