O caos da segurança em Pernambuco


(Magno Martins)

O Sistema de Informação de Mortalidade do Departamento de Informática do SUS (DataSUS) contabilizou, na madrugada de ontem, a marca negativa e inédita de cinco mil homicídios, somente este ano, em Pernambuco. Desde 2004, quando a Secretaria de Defesa Social (SDS) iniciou este tipo de contagem, o ano de 2006 era considerado o mais violento da história.

Apesar dos esforços mostrados pelo Governo Paulo Câmara nos últimos meses, os resultados não aparecem. No último dia 17/11, o governador anunciou um conjunto de ações para fortalecer segurança. Entre as ações, foram divulgados novos equipamentos para as Polícias Militar, Civil e Científica. Paulo assinou os Projetos de Lei para a criação do 26º Batalhão da Polícia Militar (26º BPM), do 2º Batalhão Integrado Especializado de Policiamento (2º BIEsp) e da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar (11ªCIPM). As medidas integram o Plano de Segurança de Pernambuco e totalizam um investimento de R$ 290,8 milhões para o setor.

A falta de segurança no Estado, possivelmente, será o tema mais focado pela oposição durante o período de pré-campanha para as eleições do próximo ano. Enquanto as ações do Governo não mostrarem resultado, o assunto será a pedra no sapato de Paulo Câmara.

Além dos homicídios, Pernambuco ainda sofre com os as explosões das agências bancárias no interior do Estado, os assaltos a ônibus na Região Metropolitana, roubos e furtos diários de veículos, trafico de drogas e o crescente uso de crack, prova de que o governo perdeu a capacidade de coordenar as policias.

Ciente de que só uma melhoria na segurança pode garantir algum fôlego para a campanha em 2018, Paulo Câmara terá que provar o seu conhecimento de gestão pública e driblar a violência no Estado caso queira se reeleger.

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