Expulsão de Kátia Abreu é recado para Pernambuco

A expulsão da senadora Kátia Abreu, ontem, pelo Conselho de Ética do PMDB dos quadros do partido, seria o primeiro recado do presidente Romero Jucá de que a executiva nacional não está para brincadeira. Ou os seus membros fazem o que ela determina ou serão sumariamente excluídos dos quadros da legenda. Kátia e o senador Roberto Requião foram advertidos em 2016 que deveriam votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ambos votaram contra e ela com muito mais razão porque tinha feito parte do governo como ministra da Agricultura. Agora, é pouco provável que vá brigar internamente para ficar e seu destino deverá ser outra legenda pela qual pretende disputar a reeleição ou o governo de Tocantins. A expulsão da valente senadora pode ter sido o primeiro sinal da nova executiva de que a dissolução do atual diretório de Pernambuco estaria se aproximando, não por descumprimento de diretriz partidária e sim porque Jucá prometeu ao senador Fernando Bezerra Coelho que o controle do partido seria dele e não mais do deputado Jarbas Vasconcelos, de quem sempre manteve distância regulamentar. O próprio Jucá ensinou a Bezerra Coelho o caminho da dissolução: a representação de um filiado (Orlando Tolentino) e do resto ele se encarregaria. O desfecho está previsto para o dia 17 de dezembro próximo.

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