O que o PL fala sobre Cardinot?

Uma publicação onde o deputado estadual Alberto Feitosa (PL) e o ex-ministro Gilson Machado Neto induzem a um lançamento do nome do jornalista e apresentador Cardinot para o Governo de Pernambuco, mobilizou o cenário político local. Isso porque o apresentador passaria a ser não uma figura fora da política, um outside como se fala, e não alguém de dentro em uma corrida eleitoral bastante disputada como deve ocorrer no próximo ano.

No entanto, uma coisa é importante a se refletir sobre o lançamento de Cardinot. O que pensa o partido do PL sobre esta postulação? dá pra se levar à sério essa pré-candidatura? 

O que se sabe até o momento sobre o partido é que a legenda está de olho em uma das duas vagas ao Senado. No pensamento deles, uma vaga está certa e carimbada com o PT, através do senador Humberto Costa e a outra vaga estaria em aberto mas pendendo a um nome de centro-direita. Gilson Machado Neto está de olho nesta disputa. No entanto, das duas eleições majoritárias que concorreu não obteve sucesso. Foi derrotado para o Senado em 2022, e foi derrotado para a Prefeitura do Recife. Quem defende o nome de Gilson acredita que se naquela disputa estivessem em jogo duas vagas, uma seria dele. Mas não é bem assim. Até porque quem naquele ano apoiou Teresa Leitão poderia também ter feito a campanha de um voto casado que iria levar as duas vagas tal qual ocorreu nos anos de 2002, 2010 e 2018 quando o governador arrastou as duas vagas.

Voltando ao caso de Cardinot e ao papel do PL nas eleições estaduais de 2026. Ainda não se sabe nem quem é o candidato ao Senado da legenda, embora Gilson Machado já diga claramente que será ele. Em sendo sincero, não se sabe nem qual será a situação jurídica do ex-presidente Jair Bolsonaro para concorrer a presidência no próximo ano. Quanto mais uma disputa pelo Senado. O que se sabe é que Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, já delegou a Anderson Ferreira a condução do processo de organização da legenda para 2026, e embora Gilson requeira para ele esta qualidade, e tenha para isto o apoio de Bolsonaro, quem verdadeiramente comanda o partido em Pernambuco com o aval de Valdemar é Anderson.

E enquanto não houver, como não houve até o momento uma designação nacional, a manifestação de qualquer pessoa que não tenha a anuência da executiva estadual não passará de uma especulação ou um simples desejo isolado, bem distante ainda de se tornar um anseio partidário.

A atitude pode até ser perceptível do ponto de vista de que nomes de fora da política já tentaram entrar nela como é o caso do apresentador José Luiz Datena, do empresário Pablo Marçal, do palhaço Tiririca, em outras unidades da federação. Já Pernambuco não conseguiu repetir o mesmo feito. Todos os nomes que já foram eleitos tiveram que passar pelo crivo da política. 

Seria agora uma exceção a uma regra que tradicionalmente vem ocorrendo por aqui?

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