O aumento salarial de 16,38% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sancionado este ano, deve ser o pleito de boa parte dos parlamentares no início do ano que vem.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, o deputado e candidato à presidência da Câmara, Fábio Ramalho (MDB-MG), defendeu a proposta. “Há colegas que não dependem do salário, mas outros dependem e passam necessidades que a gente não sabe. É preciso dar ao parlamentar uma melhor qualidade de vida. Não é aumento de salário: é reajuste dentro da lei”, diz.
Em seu último discurso em 2018, no último dia 12, Ramalho também defendeu o aumento. “Precisamos que os salários de todos os deputados sejam reajustados como estão sendo os de todos os outros Poderes.”
Questionado pela reportagem do jornal sobre o reajuste durante um momento em que as contas públicas precisam ser reajustadas e de crise econômica, o deputado diz que não tem medo de enfrentar o assunto, e que a reforma da Previdência “conserta tudo isso”. ““É melhor o parlamentar ser bem remunerado porque você pode cobrar dele a lisura, mas eu também defendo a reforma da Previdência, que conserta tudo isso.”
Reajuste
O reajuste de 16,38% elevou os salários dos ministros do STF de R$ 33,7 mil para R$ 39,3 mil ao mês, valor que passa a ser o novo teto do funcionalismo público.
Até a aprovação do reajuste do Supremo, os deputados e senadores recebiam o mesmo valor que os magistrados, além de receber outras verbas para exercício do mandato. A remuneração, reajustada pela última vez em 2014, foi aprovada pelos parlamentares após acordo para que o Legislativo e o Judiciário recebessem o mesmo valor.
Desde 2011, uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para que os salários do presidente da República, vice, ministros e congressistas seja equiparado ao dos ministros está em tramitação na Câmara.
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