Se pegarmos o histórico das eleições de Pernambuco, vemos a forte influência de padrinhos políticos elegendo seus preferidos. Não vou fazer uma grande análise mas em especial uma eleição que marcou muito a política pernambucana: 2006. Quando Eduardo Campos se elegeu governador derrotando Mendonça Filho, candidato a reeleição, e assim, derrotando o jarbismo que vinha vencendo duas eleições consecutivas no estado. Ali, Eduardo contou com um apoio de peso: um presidente que tinha aprovação de quase 80% dos pernambucanos.
Lula veio ao estado derrotar Jarbas e Jarbas nunca esqueceu disto. Jarbas abraçou a campanha de Mendonça, mas ele não tinha a força política que Lula teve no estado. Mendonça colou em Jarbas. Eduardo em Lula. E o resultado, todos já sabem a acachapante derrota que reduziu a União Por Pernambuco a pó. Em 2010, outra rebordosa e desta vez contra o próprio Jarbas que foi humildado por Eduardo que se reelegeu com mais de 80% dos votos.
Chegamos em 2018 com múltiplas candidaturas: Paulo Câmara, pré-candidato a reeleição pelo PSB; Armando Monteiro, pré-candidato pelo PTB; Fernando Bezerra Coelho sonhando dia e noite em disputar pelo PMDB; Marília Arraes pelo PT. Desta vez, diferente de outras eleições nenhum deles tem o MIDAS. Quem quiser ser governador que passe sebo nas pernas e peça votos, porque quem tinha força política para cantar de galo não tem mais. Ou pelos fatos da vida, ou pela Lava Jato da vida.
Quem quiser lograr êxito, vai ter que inovar. Falar mais de si, que dos outros. Falar mais de projetos que do que foi feito. Falar mais do que pode fazer, que de quem fez alguma coisa. Não é uma coisa nova... é o povo que está muito exigente.Estão questionando, cobrando, pressionando. E a classe política terá que dar uma resposta satisfatória para a sociedade se quiser ter de volta a credibilidade perdida.E que leia-se: Eles mesmo perderam.
No entanto, será nesta eleição que teremos alguém com força política para eleger alguém: É o Presidente Temer. Basta uma foto com Temer ao lado do adversário para que 88% da população em Pernambuco não vote. Enfim, quem quiser ser alguma coisa no ano que vem precisa se apresentar, fazer com que conheçam. O povo quer conhecer o candidato e não quem está o indicando.
Nesta eleição, não terá padrinhos. Terá candidatos que precisam lutar por cada voto.
Silvinho Silva - Editor do Blog
silvinhosilva2018@gmail.com
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