Conselheiros do CREF12/PE perdem cargo

Nove conselheiros – André Luiz de Souza (CREF 002443-G/PE), Claudio Renato Oliveira Beltrão de Castro (CREF 000194-G/PE), Daniely Gomes Vieira de Souza (CREF 002682-G/PE), Gilmar Ferreira dos Santos (CREF 000174-G/PE), Kennedy Costa de Andrade (CREF 000789-G/PE), Luiz Antônio Nunes de Assis (CREF 002091-G/PE), Luiz Henrique Pereira de Aguiar (CREF 000426-G/PE), Nadja Regueira Harrop (CREF 000288-G/PE) e Telma Maria da Silva Lins (CREF 000118-G/PE) – do Conselho Regional de Educação Física (CREF) de Pernambuco, conforme estatuto da entidade, perderam o cargo (por renúncia tácita) em decorrência de faltas às reuniões, o que corresponde a ausência de vontade em exercer o cargo, desinteresse e descompromisso com o conselho. 

A atual gestão do CREF, reconhecida como legalista, tem cortado privilégios e seguido o estatuto da entidade o que gerou insatisfação dos agora ex-conselheiros. Inclusive, todos os membros da Diretoria (2016 a 2018) estão inelegíveis pela reprovação das contas. São diversos os problemas. Fraude trabalhista, perda de prazos processuais, problemas contábeis, dívida ativa prescrita em mais de 10 milhões, contratos suspeitos, problema no registro de profissionais, perseguição aos funcionários, entre outros problemas que levaram a antiga gestão a ter a maior derrota do Brasil na eleição da entidade em 2018.

O nepotismo também era um grande problema. Uma diretora (Daniely Vieira) casada com um, à época, funcionário (André Souza) de cargo comissionado (assessor técnico da fiscalização), a gerente com o TI, advogado, arquiteta (filha de uma diretora). A arquiteta fazia projetos (sem custos) para residências dos conselheiros. 

O casal (André e Daniely) de conselheiros virou sócio de um conselheiro (Claudio Castro) em uma empresa de eventos (ProAtiva), mas a sociedade foi desfeita por conflitos entre as partes e diversas acusações recíprocas. O casal de conselheiros manteve a empresa e tentou usar o CREF para promove-la, além de suspeitas (que estão sendo apuradas) de contratar palestrantes para receber pela autarquia, desde que posteriormente oferecessem cursos (gratuitos) para a ProAtiva e a empresa, obviamente, cobrasse a todos os estudantes e profissionais de educação física. A atual gestão do CREF cortou mais esse privilégio e irregularidade.

A farra com dinheiro dos Profissionais de Educação Física era gigante. Funcionários e conselheiros fazendo turismo para Foz do Iguaçu, Curitiba, Goiás, Minas Gerais, entre outras cidades e estados. A farra das diárias era altíssima. Para o bem da educação física o estatuto do CREF foi cumprido e 9 conselheiros deixaram a entidade.