Pernambuco tem terceira maior taxa de desocupação

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Número de desalentados, que sequer procuram emprego, está aumentando e Pernambuco tem a terceira maior taxa de desemprego do país, com 16%, melhor apenas que a Bahia (17, 3%) e o Amapá (16,9%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e relativos ao segundo trimestre deste ano. O estado, por outro lado, também é o terceiro com maior retração nos índices de desocupação, segundo o mesmo estudo. A taxa de desocupação no total do país, no segundo trimestre de 2019, foi de 12,0%, ante 12,7% no primeiro trimestre. No segundo trimestre do ano passado, a mesma taxa era de 12,4%. Um quarto dos desempregados do Brasil, ou 26,2%, o equivalente a 3,347 milhões de pessoas, estão em busca de trabalho há pelo menos dois anos, divulgou a PNAD Contínua. O registro é o maior para um trimestre desde 2012. Para efeito de comparação, em um ano, 196 mil novas pessoas estão em busca de trabalho há dois anos ou mais. Em 2015, esse total era de 1,435 milhão de pessoas. “A proporção de pessoas à procura de trabalho em períodos mais curtos está diminuindo, mas tem crescido nos mais longos. Parte delas pode ter conseguido emprego, mas outra aumentou seu tempo de procura”, disse a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. A maior parte, 45,6% dos desocupados, estava de um mês a menos de um ano em busca de trabalho; 14,2%, de um ano a menos de dois anos e 14,0%, há menos de um mês.

Já a taxa de desocupação recuou no Brasil no segundo trimestre de 2019 para 12%, 0,7 pontos percentuais a menos que os primeiros três meses do ano. Com relação ao mesmo trimestre de 2018, a diminuição foi de 0,4 ponto percentual. De acordo com o IB- GE, a taxa de desocupação recuou em 10 estados. A retração foi mais forte na Bahia (17,3%), Amapá (16,9%) e Pernambuco (16%). A retração foi menor em Santa Catarina (6%), Rondônia (6,7%) e Rio Grande do Sul (8,2%).

O percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada (chamada taxa composta de subutilização da força de trabalho) foi de 24,8%, anunciou o IBGE. Já os desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego no segundo trimestre, somaram 4,9 milhões de pessoas. O percentual de pessoas desalentadas na força de trabalho foi de 4,4%, recorde da série histórica. “O elevado tempo de procura por emprego é um dos fatores que ajudam a explicar o desalento”, analisou o IBGE. A maior parte dos desalentados está na Bahia: 766 mil pessoas. No Maranhão, o número também é alto: 588 mil pessoas. “É uma interferência que pode favorecer inserções em ocupações de menores rendimentos, sem vínculos formais, como os conta própria ou sem carteira de trabalho, e até mesmo no desalento”, explicou a analista da PNAD Contínua. No primeiro trimestre de 2019, a taxa de desocupação crescia em 14 das 27 unidades federativas em comparação ao trimestre anterior. Nos últimos três meses do ano passado, o percentual foi de 11,6%, quando a desocupação havia caído em seis estados. Em relação ao resultado de janeiro, fevereiro e março, Amapá (20,2%), Bahia (18,2%) e Acre (18%) registraram as maiores taxas. Na ocasião, Santa Catarina (7,2%), R io Grande do Sul (8%), Paraná e Rondônia (8,9%) tiveram os menores percentuais.

Há tendência de redução no desemprego em quase todo o país, mas ainda puxada pela informalidade ou por um movimento sazonal de recuperação de contratações na passagem do primeiro para o segundo trimestre, explicou Beringuy.

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