O Cabo Merece Segurança

Por Eduardo Cajueiro

Nos anos 80, a Cidade do Cabo de Santo Agostinho era conhecida como cidade da morte devido ao grande número de homicídios e à atuação de grupos pistoleiros nos mais diversos bairros, e os moradores mais antigos sabem de diversas histórias de pistolagem. 

Passados mais de 30 anos, o tema da violência/segurança pública infelizmente continua presente na pauta dos cabenses. Entre 2017 e 2018 foram mais de 316 assassinatos, em mais de 150 tiroteios. 

Pesquisas recentes apontam que os cabenses têm como principais problemas a falta de policiamento, a violência urbana, a falta de segurança pública, a falta de segurança nas escolas, exemplificado mais recentemente a tragédia que aconteceu na Escola Modelo de Garapu. É preciso que o grupo político que está há tanto tempo no poder  apresente ações concretas de combate à violência no Cabo, porque os índices de criminalidade estão semelhantes  aos países em guerra. É necessário que os agentes políticos eleitos pelo povo ou nomeados pelo poder público como prefeito, vereadores, secretários municipais assumam sua responsabilidade de combater a violência, e não apenas jogue a responsabilidade nos gestores do passado e nos governos Estadual e Federal. 

Sabemos que não existe solução mágica que colocará um ponto final na criminalidade de uma hora para outra, pois a solução passa por um somatório de ações e projetos contínuos que, se bem executadas e gerenciadas, poderão contribuir com a diminuição do quadro da violência em nossa cidade. Entretanto, dois tipos de ações são imprescindíveis nessa campanha: de enfrentamento e de prevenção e inclusão social. 

É preciso trazer a pauta da segurança pública para uma discussão mais ampla na sociedade cabense com a constituição dos conselhos setoriais e municipais de segurança pública, com representação da população e com a intenção de debater as principais questões ligas à política municipal de segurança pública. Esses conselhos podem, inclusive, sugerir alternativas no combate à violência a exemplo de ações sociais.

Faz-se necessário também estimular o policiamento comunitário, garantindo maior proximidade dos policiais com a população, utilizar a guarda municipal com objetivo de reforçar a ação da Polícia Militar, resguardando as atribuições de cada instituição, e zelar pelos bens e serviços municipais como escolas, instituições públicas, áreas coletivas de lazer e cultura, além de vias públicas. 

Esses são pequenos exemplos do que pode ser feito, se houver seriedade e comprometimento da gestão de segurança municipal. 

No Cabo, infelizmente, tais alternativas não têm sido apresentadas, por isso mais uma vez defendemos 
#O Cabo Merece Segurança
#O Cabo Merece Respeito.

Postar um comentário

0 Comentários