Médicos Cubanos de volta ao nordeste

Os governadores dos nove Estados completaram recentemente os trâmites necessários para tornar legal o Consórcio do Nordeste, que tem como objetivo buscar uma maior autonomia em relação ao governo de Jair Bolsonaro e as políticas federais que consideram nocivas para a região.

Uma das primeiras medidas que os líderes nordestinos pretendem impulsar é a retomada do formato original do programa Mais Médicos, com a presença dos profissionais cubanos, que foram embora do país após as críticas ideológicas ao governo da ilha feitas pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em Pernambuco, de acordo com entrevista do Secretário de Saúde André Longo a OPAS ficará responsável pela otimização dos serviços oferecido pelo Programa Mãe Coruja do Governo do Estado. Ainda segundo o secretário a OPAS deverá ficar responsável pela organização do Programa.

Segundo o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), o Consórcio do Nordeste já está entrou em contato com representantes da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), entidade liga à OMS (Organização Mundial da Saúde), e consultou sobre a possibilidade de trazer profissionais estrangeiros, especialmente de Cuba, para refazer a cobertura dada pelo Mais Médicos ao sistema público de saúde nos estados nordestinos.

Em dezembro passado, ainda como presidente eleito, Bolsonaro fez duras críticas a Cuba, dizendo que tratava os médicos cubanos como “escravos”, criando uma crise diplomática que levou o presidente da ilha, Miguel Díaz-Canel, a ordenar o retorno dos profissionais ao seu país.

Após a perda dos cerca de 8 mil médicos para o sistema, o Governo Federal prometeu que preencheria todas as vagas com médicos brasileiros, algo que não aconteceu: uma reportagem recente do New York Times mostrou que centenas de cidades brasileiras continuam a espera de novos médicos para substituir os cubanos que se foram, situação que mantém cerca de 28 milhões de pessoas sem atendimento.

Os estados nordestinos estão entre os mais atingidos por essa postura federal anticomunista: o Ceará, por exemplo, é o segundo estado brasileiro com o maior carência de médicos.


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6 Comentários

  1. Aqui no Brasil ficaram mais de 2000 médicos cubanos,porque não prucuram eles?

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  2. pq esse consórcio não procura aos médicos cubanos que trabalhavam no programa mais médicos que ficaram aqui no brasil

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  3. Será que eles não sabem que os médicos cubanos estão aqui no brasil.?

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  4. Em Brasil ficamos 2000 médicos cubanos aproximadamente porque não faz o contrato com nos que estamos a disposição. Se fazem esse contrato Cuba e iPad não vai nos a contratar por causa da política. Valorem mais a os que ficamos e estamos a disposição de começar a trabalhar.

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  5. Acho que fora bom retornar os médicos ao programa novamente, trazer eles da Cuba. Mais é pra vcs lembrar que tem quasi 2500 médicos cubanos que ficaram no país, prontos para começar a trabalhar onde seja necessário.

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  6. Concordo em incluir os cubanos novamente ao programa. Prq enquanto os brasileiros escolhem bons lugares para trabalhar e etc... milhões de pessoas sofrem por falta de atendimento. Os cubanos que avaliados eram por brasileiros e desenvolveram um excelente trabalho estão dispostos a irem para qualquer lugar e o mais importante de imediato!!!

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