PSB fecha contra texto da reforma aprovada na CCJ

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Hoje, o Partido Socialista Brasileiro (PSB), em reunião do Diretório Nacional, posicionou-se contra o relatório aprovado na CCJ da Câmara sobre a proposta de Reforma da Previdência, apresentada pelo Governo Federal. A decisão foi adotada após debate, neste colegiado plural, que tem a maior representação social da nossa agremiação. Ficou definido que o Diretório voltará a se reunir, para novas deliberações, caso ocorram alterações no texto da proposta, na Comissão Especial da Reforma. Na condição de vice-presidente nacional do PSB e de governador de Pernambuco, venho reiterar aqui o meu posicionamento, já assumido em outras oportunidades. Sou contrário ao texto que tramita no Congresso Nacional, pois o mesmo aponta para o aprofundamento das desigualdades sociais. Considero inaceitável a cristalização de um cenário que penalizaria, outra vez, os mais pobres. Este quadro precisa, na verdade, ser revertido. É para isso que trabalhamos. Pontos como a desconstitucionalização das normas previdenciárias, mudanças na aposentadoria rural, a capitalização e o novo formato do Benefício de Prestação Continuada (BPC), embutidos em um discurso de salvação das contas públicas brasileiras, seguirão combatidos por nós. A responsabilidade fiscal, exigida de todos os governantes, não pode ser custeada pelo sacrifício social.

Reconheço a importância da realização de uma reforma da previdência, que no meu estado possui um déficit de R$ 2,6 bilhões. Sou governante, tenho absoluta consciência das implicações presentes e futuras de uma ausência de atitude, hoje. O caminho deve ser o que dá suporte ao crescimento do país, com mais equilíbrio e sustentabilidade às contas da União, dos Estados e dos Municípios. No entanto, lutarei para que a efetivação de mudanças, para melhor, respeite e dialogue com as especificidades regionais e sociais de um país tão diverso. A nossa população, ainda bastante vulnerável, em sua maioria, espera do Estado brasileiro mais do que cálculos frios e punitivos. É fundamental a compreensão do seu verdadeiro papel, do governo em todas as esferas, para a construção de um futuro mais inclusivo, com oportunidades para todos, sobretudo e em primeiro lugar, para aqueles historicamente mais desassistidos. O Brasil que queremos não restringe direitos da população, ele os garante e amplia.

Paulo Câmara
Governador de Pernambuco

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