Demolição de galpões no Cais José Estelita é retomada nesta segunda

Foto: Gabriel Melo/DP
As obras do Novo Recife, no Cais José Estelita, foram retomadas na manhã desta segunda-feira. Em 2012, o terreno, na área central do Recife, foi leiloado para o consórcio integrado pelas empresas Moura Dubeux, Queiroz Galvão, Ara Empreendimentos e GL. 

Após sofrer inúmeras mudanças, o projeto foi dividido. A primeira etapa, o Mirante do Cais, será composta por duas torres, que compartilharão de uma área de lazer completa, com espaço gourmet, piscina aquecida, pista de cooper, horta e pomar orgânicos. Ainda será construído um edifício garagem de cinco andares para carros elétricos. Ao todo, o Novo Recife deverá ter 13 torres. 

Em nota, a Moura Dubeux disse que a ação está amparada no alvará de demolição expedido pela Prefeitura do Recife, que ainda vai emitir nota sobre o assunto. Na semana passada, movimentos sociais contrários às obras alertaram para a possibilidade de retomada dos serviços.

O alvará, que é obrigado por lei, não está no local da obra. “Se tentarem colocar o tapume, é ilegal. Estamos procurando a Dircon, que está fechada no momento, para barrar a obra” afirmou Leonardo Cisneiros, do Ocupe Estelita.

Confira a nota na íntegra do Consórcio Novo Recife

Cumprindo as diretrizes definidas pelo poder público junto às expectativas de desenvolvimento para a região do Cais José Estelita, o Consórcio Novo Recife inicia nesta segunda-feira, pela área dos armazéns localizados próximo ao Cabanga, a requalificação do terreno do Cais José Estelita. A ação está amparada no alvará de demolição expedido pela Prefeitura do Recife de nº 710005014.

Ocupe Estelita

As mobilizações do Movimento Ocupe Estelita começaram em 2012, quatro anos depois de o consórcio Novo Recife, formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão, GL Empreendimentos e Ara Empreendimentos, comprar em leilão a área da antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Quando foi lançado, o projeto imobiliário pretendia construir 12 torres residenciais e comerciais de alto padrão, com até 40 andares. O metro quadrado das unidades do empreendimento custaria de R$ 5,5 mil a R$ 7,5 mil, o que tornaria a área uma das mais caras da cidade. Além disso, o plano previa estacionamentos para cerca de cinco mil veículos.

(Diário de Pernambuco)

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