Viemos de uma disputa um tanto inusitada para governador de Pernambuco, na qual o governador reeleito estava com uma altíssima rejeição no eleitorado pernambucano, tanto que perdeu em diversas cidades e diferente da outra eleição de 2014, viu sua vitória ser consagrada com apenas 98% da apuração das urnas, quando venceu por menos de 1% dos votos. Passada a eleição para governador, como é de praxe o foco se volta automaticamente para as disputas municipais e um monte de candidatos já se lançam o que também é normal por conta do nível de acirramento que essas disputam se transformam.
Na capital recifense mal o jovem deputado eleito João Campos (PSB) sentou na Câmara Federal e já tem seu nome lançado na disputa pela prefeitura da cidade. Seus rivais provavelmente serão André Ferreira (PSC),Daniel Coelho (PPS), Túlio Gadelha (PDT), Marco Aurélio (PRTB) além de outros que provavelmente vão aparecer e que chegam a ser citados como Bruno Araújo (PSDB) e Mendonça Filho (DEM). Se o PSL terá ou não candidato a prefeito em Recife, só o tempo dirá o que se fala é que o partido estaria fechado numa aliança com o PRTB em quase todo o estado de Pernambuco.
Em Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PR) vem forte para disputar a reeleição,lembrando que esses cenários são de hoje, início de 2019 o que pode não estar da mesma maneira em 2020. Mas que no momento, os nomes citados na cidade são o de Anderson que provavelmente disputa a reeleição e vale lembrar que a vaga de vice de Anderson será disputadíssima tendo em vista que pela primeira vez na história contemporânea, um prefeito de uma cidade como Jaboatão já tem o nome ventilado para disputar o cargo de governador do estado o que caso sendo reeleito faria do seu vice o prefeito titular da cidade. Além do nome de Anderson, ventila-se o nome da deputada estadual eleita Gleide Angelo (PSB), e também o ex-prefeito Elias Gomes (PSDB) deve disputar um novo mandato. Elias já foi prefeito duas vezes de Jaboatão e é um dos maiores críticos do atual prefeito, Anderson Ferreira.Fala-se inclusive em João Fernando Coutinho (PROS), todos para forçar um segundo turno.
Em Olinda, onde o prefeito Lupércio (SD) também disputará a reeleição e sofre um forte desgaste político por não ter conseguido eleger sua esposa para a Assembleia. Os problemas administrativos são enormes, a folha de pessoal lá no alto e faz uma gestão se arrastando. Quem está dando às caras por lá é o deputado estadual eleito João Paulo (PC do B) que já foi prefeito do Recife por dois mandatos está em plena campanha pela prefeitura da cidade e conta com o apoio de setores do PSB, além da vice governadora Luciana Santos. A deputada estadual Tereza Leitão (PT) provavelmente entrará na disputa como também o deputado estadual Ricardo Costa que não se reelegeu.Como a mira do Palácio está até o presente momento voltada apenas para às prefeituras do Recife, Jaboatão e Caruaru que são governadas por oposicionistas pode ser que Lupércio se beneficie desta equação. Ainda em Olinda, Lupércio deverá enfrentar o nome indicado pelo PSL e PRTB que devem marchar sozinhos e unidos.O PSL vai lançar um candidato competitivo que está sendo mantido em segredo, e deve ser um empresário forte que promete renovar a política de Olinda que não sai do lugar há anos.
Já em Caruaru, a Prefeita Raquel Lyra (PSDB) é a favorita para vencer o pleito em 2020 mesmo tendo inúmeros candidatos disputando contra a mesma. Apesar de estar passando por algumas dificuldades administrativas a prefeita faz uma gestão inovadora bem melhor que às gestões de Tony Gel (MDB) e de Zé Queiroz (PDT). Mas Caruaru é uma cidade boa de briga e já tem inúmeros candidatos na oposição como: Tony Gel (MDB) ou seu filho Toninho, Zé Queiroz ou outro candidato do grupo que pode ser Laura Gomes ou Jorge. As novidades lá na terra do Forró se dá em torno dos novos: O deputado estadual eleito, Delegado Lessa (PP) que já disputou em 2016 e por pouco não foi para o segundo turno, além do novato deputado federal eleito Fernando Rodolfo (PHS), que pode também indicar o empresário Douglas Cintra (PTB) como seu candidato. Uma disputa que tem a cara de um segundo turno explicito. Diferente do que pensam outros comentaristas políticos, dificilmente nesta eleição de 2020 teremos uma disputa entre famílias. Provavelmente um dos novatos (Delegado Lessa ou Fernando Rodolfo) estarão no segundo turno. Caso os dois se unam, o termômetro com certeza da disputa dispara na capital do forró que promete uma disputa das boas.
Em Petrolina, com certeza a disputa vai pegar fogo e será uma das cidades onde o PSB tentará de todas às maneiras puxar o tapete e derrubar "democraticamente" o prefeito. Miguel Coelho, atualmente no PSB, mas de malas prontas para ir para o DEM ou para o PSDB deve enfrentar Lucas Ramos (PSB) ou Gonzaga Patriota (PSB), e ainda Odacy Amorim (PT) e cogita-se uma provável candidatura do ex-prefeito Júlio Lóssio, que disputou o governo de Pernambuco contra o atual governador. Segundo informações, o prefeito vem fazendo um bom trabalho na cidade de Petrolina e tem enormes chances de ser reeleito. Mas, que vai enfrentar um verdadeiro trator com todas às forças políticas que estão pra partir pra cima. Caso o Prefeito vença, o Senador Fernando Bezerra Coelho se cacifa naturalmente para a disputa pelo Palácio em 2022, tendo em vista que quase todas às forças que estarão disputando o palácio enfrentarão não o filho, mas o pai ali na prefeitura.
Esses são os cenários nas prefeituras das grandes cidades do nosso estado de Pernambuco, ou pelo menos as mais conhecidas.É evidente que alguns nomes novatos podem e devem surgir durante o ano de 2019, mas os que estão postos no momento são estes.
Vice - Em Caruaru, a conversa nos bastidores é que a prefeita Raquel Lyra (PSDB) pretende ceder a vaga de vice, ocupada atualmente pelo empresário Rodrigo Pinheiro do seu partido para outro partido. Esse é o comentário dos bastidores, no entanto não conseguimos falar com a própria prefeita. Raquel e Rodrigo tem uma aliança política muito forte e pelo jeito o vice dela só irá para o sacrífico "se for mesmo o jeito". Lembrando que seu pai, João Lyra passou pela mesma situação em 2014 e embora naquela época Eduardo Campos já tivesse uma larga vantagem preferiu mante-lo na chapa.
Silvinho Silva
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