Coluna Diária: PT deverá a si mesmo essa derrota

Resultado de imagem para Haddad e Paulo Camara
Haddad não precisava de muita coisa para vencer essas eleições do próximo domingo dia 28. Bastava que tivéssemos mais uma semana de campanha ou Haddad tivesse conseguido agregar todos em seu palanque no início do segundo turno e não agora na reta final. O caso é que as pesquisas detectaram que o candidato do PSL tem um teto e tem votos não cristalizados que poderiam serem revertidos. No entanto, a campanha petista parece que só veio a compreender isto na reta final da campanha quando não teremos mais guia eleitoral, e nem tampouco campanha. Hoje se encerra o guia eleitoral e no próximo sábado os movimentos de rua. 

Ciro Gomes lavou às mãos. Deu o pago certinho ao PT que trabalhou para boicotar sua candidatura desde o início. Aqui mesmo no nosso estado a candidatura de Marília Arraes (PT) foi rifada em um acordo com o governador Paulo Câmara que viu sua reeleição ameaçada com a presença da agora deputada federal eleita no páreo. Isso não é segredo para ninguém e Ciro fez questão de relembrar o fato diversas vezes vindo ao estado em campanha. Hoje, Ciro faz uma falta enorme na campanha de Haddad, a quem ele até apoiaria, mas ele não engole de maneira nenhuma os seus algozes petistas como a presidente do PT, Gleisi Hoffman que disse que "nem com reza brava" o PT daria apoio a Ciro. 

Se Lula acertou na jogada de sua candidatura para colocar Haddad no segundo turno ele errou ao imaginar que todos correriam de braços abertos para o colo do PT nessa fase da campanha. Errou! Os seus adversários preferiram o muro à dar apoio ao seu candidato. Não houve a frente democrática contra a candidatura de Bolsonaro como pensavam os petistas que haveriam. Os apoios ao partido são isolados de tal forma que quase ninguém os percebe, como o da candidata derrotada pela REDE, Marina Silva e do Democrata-Cristão, Eymael e parte do PSDB como o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman. 

Hoje Haddad encerrará sua campanha na nossa capital, numa caminha pela democracia que contará com a presença da Frente Popular e de muitos prefeitos que devem trazer suas caravanas, além de grupos que foram adversários no primeiro turno. No entanto, esse ato de encerramento será mais simbólico, por ser aqui o estado natal de Lula. A tão sonhada virada "pode acontecer" nada é impossível numa corrida eleitoral. Agora, que é quase impossível, isso sim, é muito difícil. São muitos votos que precisam serem revertidos do nada e sem nada, sem campanha.

Sem transportes
A Justiça Eleitoral proíbe terminantemente que os prefeitos forneçam transporte para levar os eleitores até os locais de votação. Esse fator tem preocupado muito o PT, pois o grande eleitorado petista está localizado justamente aqui na região nordeste e é onde tem mais dificuldade de locomoção.

Silvinho Silva
(81) 98281 4782
silvinhosilva2018@gmail.com

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