No empate técnico, vence a eleição quem errar menos

A pesquisa do Datafolha divulgada ontem é indicativo de que teremos em Pernambuco grandes emoções nesses 16 dias que nos separam das eleições de 7 de outubro. Os dois principais candidatos a governador, Paulo Câmara e Armando Monteiro, chegaram à reta final da campanha tecnicamente empatados, o primeiro com 35% de intenções de voto e o segundo com 31%. Esses números por si só são empolgantes porque mostram uma tendência de acomodação do candidato do PSB e uma tendência de crescimento do candidato petebista. Isso na reta final da campanha mexe com os nervos dos marqueteiros porque, por trás dela, há uma conta fácil de ser feita: ganhará a eleição quem errar menos. Claro que o cenário ainda é de dois turnos, entre os dois candidatos que lideram as prévias, e que o segundo escrutínio é uma nova eleição. Mas mesmo numa eventual nova disputa é possível detectar com certa antecedência em que direção o vento vai soprar, se no da mudança (Armando) ou no da continuidade (Paulo). A partir de agora, o governador terá que rever o seu discurso, que já apresenta sinais de cansaço, dado que sua aliança com o PT já deu o que tinha que dar. Tem que inventar novo discurso até para manter os eleitores que já conquistou. Já o senador, se sua tendência for realmente de crescimento, não precisa rever nada e sim continuar com o mantra “se você não mudar, fica tudo como está”. Seja como for, qualquer erro cometido por um dos dois nesses próximos 15 dias pode ser fatal.

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