Haddad recebe maior parte dos eleitores de Alckmin

Por Julia Duailibi

A maior parte dos eleitores do tucano Geraldo Alckmin escolhe o petista Fernando Haddad como candidato num eventual 2º turno contra Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com a última pesquisa Datafolha, 47% desses eleitores dizem que votam no candidato do PT, caso Alckmin não passe para a próxima etapa da disputa, contra 30% que dizem que seguem com Bolsonaro (23% dizem que não sabem ou que votariam em branco ou nulo). Numa disputa entre Bolsonaro e Haddad, os dois empatam com 41% das intenções de voto.

A hipótese mais provável para o movimento dos eleitores tucanos é a de que Bolsonaro já capturou boa parte desse voto, restando com Alckmin eleitores que, na maior parte, não se identificam com o candidato do PSL.

O eleitor de Marina Silva, da Rede, também busca Haddad como principal opção, caso ela não passe para o 2º turno: 56% contra 20% que vão para Bolsonaro. Conforme o blog mostrou ontem, Marina perdeu mais da metade do voto que tinha entre os mais ricos para o candidato do PSL. O eleitor que ficou com a candidata na Rede é, pelos números, mais afinado com Haddad do que com Bolsonaro.

A maior parte dos eleitores do candidato do PDT, Ciro Gomes, também preferem Haddad: 65% contra 18% Bolsonaro.

Já Bolsonaro é beneficiado pela maior parte dos votos de João Amoêdo (Novo). O Datafolha mostrou que, num 2º turno Bolsonaro versus Haddad, 46% dos seus eleitores vão para o candidato do PSL, contra 31% que dizem preferir Haddad. Os eleitores de Álvaro Dias (Podemos) também preferem Bolsonaro: 43% contra 26% que iriam para Haddad.

Nos cenários de 2º turno do Datafolha, Ciro Gomes é o candidato que apresenta o melhor desempenho. É o único que vence nos quatro cenários testados. No enfrentamento com Bolsonaro, ele recebe a maior parte dos votos de todos os candidatos, menos os de Cabo Daciolo (Patriotas): 61% dos eleitores dele migram para o candidato do PSL. Segundo a pesquisa, Ciro recebe 76% dos votos de Haddad, 60% dos de Alckmin, 59% dos de Marina, 56% dos de Henrique Meirelles (MDB) e 47% dos de Amôedo.

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