Temer acabou com a história de palanque de Temer

O presidente Michel Temer está ausente das eleições deste ano tanto em São Paulo, seu Estado de origem, como no âmbito federal. Sua gigantesca impopularidade faz com que os próprios aliados não o queiram em seus palanques. Caso de Henrique Meirelles e Paulo Skaf, candidatos do MDB a presidente da República e ao governo de São Paulo, respectivamente. Ambos mantêm em relação a ele uma distância regulamentar, pois a lógica política não recomenda aproximação com um presidente cujo governo é rejeitado por 80% dos brasileiros. Ontem, todavia, ao ser entrevistado por uma emissora de rádio de Pernambuco, o presidente entrou sem querer na campanha estadual. Questionado sobre o comportamento político do governador Paulo Câmara, que se diz retaliado por ele pelo fato de o PSB encontrar-se na oposição, o presidente respondeu que o governador está em campanha pela reeleição, sendo necessário compreender sua a posição política. “Mas ele me apoiou desde a questão do afastamento da senhora ex-presidente”, inclusive liberando, sem ele pedir, deputados do PSB para votarem a favor do impeachment de Dilma. Ao fazer tais declarações, o presidente acabou contribuindo para afastar da campanha de Pernambuco esse debate idiota e improdutivo sobre “a turma do Temer” (o palanque de Armando) contra a turma do “não Temer” (o palanque de Paulo). É fato que o PSB apoiou o impeachment para que Michel Temer assumisse o governo e, independente da vontade do PSB, não se pode apagar a história com um pedaço de borracha qualquer.

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