Matéria do repórter Renan Truffi, para "O Estado de S.Paulo" traz a informação de que "o próprio presidente do PSB, Carlos Siqueira, confirmou que Ducci se colocou à disposição para ser o nome indicado pelo partido à vaga de vice na chapa de Ciro Gomes". Por sua vez, "Carlos Lupi diz que ex-prefeito Luciano Ducci é 'ótimo nome' para vice de Ciro Gomes. Isso porque Ducci se dispôs a ser o vice, caso o PSB decida apoiar Gomes na eleição presidencial.
"Se for o nome que o PSB quiser, é um ótimo nome", disse Lupi ao Estadão. O nome que vinha sendo cogitado até então era o do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB). Nesta terça-feira, ele reafirmou que será candidato ao governo de Minas Gerais e que não considera mais a hipótese de ser candidato a vice-presidente. Pelo Twitter, o mineiro afirmou que essa é sua "decisão final". Chegou-se a especular que na tentativa de rifar Marília Arraes, Paulo Câmara, que está empatado tecnicamente com a candidata do PT em Pernambuco, teria proposto a retirada da candidatura de Marcio Lacerda para que o PSB apoiasse a reeleição de Fernando Pimentel, em Minas Gerais, de modo que Pimentel e Câmara, que patinam nas pesquisas e apresentam baixíssima popularidade de beneficiassem mutuamente ao prejudicarem candidatos competitivos, impedindo a população de seus Estados de fazerem suas próprias escolhas, entretanto, o ardil de Paulo Câmara, combinado com Pimentel, não deu certo.
Aliás, foi o próprio presidente do PSB, Carlos Siqueira, ligado ao PSB de Pernambuco quem revelou os avanços nas negociações com o PDT ao conformar que Ducci se colocou à disposição para ser o nome indicado pelo partido para vice na chapa tanto do PDT como do PT. "Luciano Ducci se dispõe ( a ser vice) se for o caso de apoiarmos um dos candidatos", disse Siqueira. "As três hipóteses são apoiar Ciro Gomes, apoiar PT ou não apoiar nenhum dos dois e indicar o rumo, com um documento político. Não pode apoiar Bolsonaro, por exemplo. Quem fizer isso, deve ficar como dissidente, não como orientação partidária", afirmou após participar de reunião, em Brasília, com dirigentes de PT, PCdoB e PDT. Apesar de citar o PT, ao Estadão, somente Carlos Lupi se pronunciou sobre a indicação de Ducci para a vaga de vice, lembrando que "dentro do grupo que comanda hoje o PSB você tem as três vertentes, mas majoritariamente (eles) preferem a candidatura do Ciro". Lupi lembrou, ainda, ao Estadão que "o único foco de resistência a uma aliança entre PDT e PSB continua vindo de Pernambuco, onde os socialistas defendem acordo com o PT, que almeja lançar a vereadora Marília Arraes ao governo do Estado.
Lupi, que já deu um ultimato a Paulo Câmara advertindo-o de que não contará com o PDT em sua chapa ou mesmo na coligação por conta das investidas contra o apoio do PSB a Ciro Gomes recomendou aos repórteres que cobriam a reunião entre os presidentes do PSB, PDT, PT e PC do B que foi encerrada sem qualquer acordo em torno de uma candidatura que os unificasse, que "Acompanhassem mais Pernambuco, se transformou num centro de captação da decisão (do PSB)", destacando o isolamento de Paulo Câmara dentro do próprio Partido: "mas cada vez mais Pernambuco está mais isolado", afirmou.
Lupi, Siqueira e as dirigentes do PT Gleisi Hoffmann, e do PCdoB Luciana Santos, se reuniram ontem (31) na sede do PSB, em Brasília, para discutir as opções para o "campo da esquerda" nestas eleições. " O que gente já está em mente é ter um programa mínimo comum para o segundo turno. Então a gente já começa a discutir isso agora: o que é que a gente pensa de melhor para o País que todos nós (PT, PDT, PCdoB e PSB) podemos defender como plataforma no segundo turno", explicou Lupi.
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