O que fazer com o Pernambuco real?

Envolvidos nessa primeira fase da campanha com a busca de apoios para fortalecer os seus palanques, os dois principais candidatos ao Governo do Estado, Paulo Câmara e Armando Monteiro, ainda não tiveram tempo de apresentar aos pernambucanos os seus programas de governo. Não aqueles calhamaços que ninguém lê, mas pelo menos um resumo que possa ser compreendido pelos eleitores de nível médio. O que pensam, por exemplo, sobre o brutal déficit previdenciário? Aposentadorias e pensões continuarão sendo pagas com recursos do tesouro ou há alguma proposta em vista para enfrentar esse problema, como, por exemplo, o aumento da alíquota previdenciária dos servidores? Na Zona da Mata Sul, excluindo-se os municípios em torno do Porto de Suape, qual a alternativa econômica para aliar-se ao setor sucro-alcooleiro? E para a Zona da Mata Norte, igualmente empobrecida, o que é possível ser feito para dinamizar a economia da região? Há alguma providência em vista para recuperar a bacia leiteira do Agreste meridional, que foi praticamente dizimada pela seca dos últimos sete anos? E para o Sertão não beneficiário pelos projetos de irrigação do São Francisco (Pajeú, Moxotó, Araripe, etc.), qual a proposta de ambos? Imagina-se que os dois prestariam um notável serviço aos eleitores se colocassem essas questões nas suas agendas em vez de ficarmos discutindo apenas a “turma do Temer” contra a “turma do Lula”, dado que nenhum desses dois é candidato a governador.

Postar um comentário

0 Comentários