Sinjope & Fenaj repudiam ataque à liberdade de imprensa

Resultado de imagem para Fernando RodolfoA categoria de Jornalistas foi impactada nesta quinta-feira (21/6) com a demissão do jornalista profissional João Valadares pelo Grupo Opinião, ligado ao mesmo grupo proprietário do Plano de Saúde Hapvida, que mantém a TV Clube/Record e o recém-criado portal de Internet OP9. O diretor de redação do Portal OP9 e também jornalista Márcio Markman entregou o cargo em seguida, por não concordar com a decisão da empresa.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Pernambuco (Sinjope) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) denunciam esse episódio como efetivo ataque à liberdade do exercício profissional pela prática de censura e imposição de autocensura. Ao atribuir seu desligamento à decisão do “conselho empresarial”, o jornalista João Valadares desnuda a limitação do exercício profissional por interesses econômicos.

A demissão ocorreu após a publicação de uma série de reportagens que levantam duros questionamentos a práticas questionáveis na esfera do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Poder Judiciário (Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco-TJPE), e do Governo de Pernambuco.

Matérias contundentes produzidas até o desligamento do jornalista foram removidas do portal OP9. Essa ação demonstra de modo cristalino a falta de compromisso da empresa com o Jornalismo e explicita a censura como o principal objetivo a ser atingido com a demissão.

Esse tipo de ação empresarial priva a sociedade de informação de qualidade. Vale lembrar que fato semelhante também foi relatado pelo apresentador Fernando Rodolfo após seu desligamento da afiliada da TV Jornal em Caruaru no início deste mês.

O Sinjope e a Fenaj manifestam solidariedade aos profissionais desligados e lembram que a demissão por parte de empresários com o objetivo de censurar profissionais jornalistas é um atentado contra a democracia. Casos desse tipo devem ser denunciados à Comissão de Ética do Sinjope.

Os episódios acima listados devem ser interpretados como violência simbólica e, por isso, serão reportados no “Relatório 2018 – Violência Contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil”, elaborado pela Fenaj.

SINJOPE & FENAJ

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