Justiça nega pedido de Josibias Cavalcanti (PSD) para voltar à prefeitura de Catende

O Tribunal de Justiça de Pernambuco  (TJ-PE) negou na ultima sexta-feira (10) o pedido de Josibias Cavalcante de 89 anos (PSD), afastado da prefeitura de Catende, para voltar ao cargo de prefeito.
O prefeito deixou a chefia do Executivo Municipal após ser deflagrada a 3º fase da 'Operação Gênesis'.O PortalPE10 entrou em contato com a defesa do prefeito afastado,mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
No mandado de segurança, a defesa pede que o prefeito seja reconduzido ao cargo de prefeito, já que segundo a defesa ''Não há fatos suficientes para o afastamento e causa grave lesão à ordem pública e administrativa.''
Na decisão, o desembargador Adalberto de Oliveira Melo argumentou que não haveria possibilidade de conceder o pedido e manteve a suspensão pelo prazo de 90 dias do gestor. O desembargador ainda lembrou que o gestor afastado foi alertado pelo ex-procurador do município sobre possíveis irregularidades e que mesmo assim nenhuma decisão tomou e que sua volta ao cargo poderá comprometer as investigações que ainda estão em andamento.
“Foi montada em Catende uma procuradoria paralela com o objetivo de chancelar o esquema fraudulento, que era comandado pelo filho do prefeito. Os servidores da comissão de licitação direcionavam as concorrências para favorecer empresas fantasmas com contratos de diversos serviços públicos, como coleta de lixo, aluguel de veículos, dentre outros”, explicou o promotor de Justiça Frederico Magalhães.

 Operação Genesis
 O prefeito de Catende, Josibias Cavalcanti (PSD), de 89 anos, foi afastado do cargo pela Justiça desde o ultimo dia (4). De acordo com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), ele é suspeito de integrar um grupo criminoso que desviou recursos públicos da gestão municipal. O esquema era liderado pelo secretário de Governo, Alexandre Cavalcanti, que é filho do prefeito.
Além do gestor do município da Mata Sul, o filho do prefeito e outros seis servidores públicos também foram afastados durante a terceira etapa da Operação Gênesis, que contou com o apoio das polícias Civil e Militar. Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão.
Em seguida à deflagração da terceira fase da Operação Gênesis, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) obteve outra decisão liminar determinando o afastamento do cargo de mais  cinco familiares do prefeito que ocupavam cargos em comissão.
Foram afastados:Roberto Moura Cavalcanti (chefe de gabinete), também filho do prefeito; e os netos Rebeca Cavalcanti de Albuquerque (secretária-executiva), Alexandro Mauro Costa Cavalcanti (secretário de Cultura e Turismo) e Josibias Cavalcanti Neto (secretário-executivo).

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