MANDANDO BRASA - Quem sobrará para Alckmin?

Como é que vai ficar?

O PT tem (ou tinha) uma candidata bastante competitiva ao governo do estado: A vereadora recifense, Marília Arraes. No entanto, desde o dia que Lula concedeu uma entrevista na Rádio Jornal, minimizando a candidatura de Marília e que o partido poderia conversar tanto com o PSB como com Armando, que não pararam de chegar notícias de que a candidatura da petista iria para o espaço. Agora, o jogo eleitoral tende a repetir o que aconteceu no ano de 2014 quando Armando Monteiro (PTB) e Paulo Câmara (PSB) disputaram o Palácio das Princesas. Com essa nova conjuntura política que se forma em Pernambuco, Paulo sai ganhando, ninguém pode negar, mas o PSB pode sair perdendo. Como assim?

Enquanto que aqui em Pernambuco o PSB beija a mão de Lula, em São Paulo o PSB beija a mão de Alckmin. E ainda tem mais, o partido vai governar o estado a partir de abril, quando o governador Geraldo Alckmin irá renunciar ao mandato e passar o comando do maior estado para as mãos de Márcio França (PSB) seu vice e que será candidato a reeleição. Márcio França, terá o apoio de Alckmin que terá no estado de São Paulo mais de um candidato a governador em sua empreitada na busca pela presidência do país. O PSB demonstra a cada dia que se passa que é um partido pragmático, que vai, conforme a conveniência, e joga um jogo político. Agora, e o PSDB de Pernambuco, será o PSDB de Temer ou de Alckmin?

Quando os tucanos pernambucanos vão despertar para a realidade de que o governador Paulo Câmara (PSB) juntamente com Lula (PT) já nacionalizaram a disputa aqui no estado, da mesma forma que Lula fez em Alagoas, que está fazendo na Bahia e por aí vai? O que Lula quer é o jogo do "nós" contra "eles". Para mim, o maior esperto nisso tudo não foi o PT, não foi João Paulo, não foi Humberto. O mais esperto foi Paulo Câmara. Quem soube jogar foi o governador pernambucano. Onde estava o PSB quando houve a votação do impeachment da então presidente Dilma? Ora, salvo engano o PSB tinha 31 deputados federais e se o partido fechasse questão Dilma estaria até hoje na presidência pois o impeachment não teria passado. 

Agora, Lula dá uma de esquecido e se abraça com o PSB e junto com o PSB se abraça com Jarbas Vasconcelos. A união de Lula e Paulo Câmara tornou a vida da oposição em Pernambuco bastante difícil. Lula é o maior cabo eleitoral em um estado cuja aprovação ao seu nome ultrapassa os 60%. O que eu acho engraçado é que o PT consegue perdoar o PSB que votou a favor do impeachment, mas que torce o nariz para Armando por conta do seu apoio à reforma trabalhista. (É muito engraçado esse jeito petista de ser e de querer enganar). Se é pra perdoar, vamos perdoar, não é sr. Luiz Inácio? Na verdade o que Lula quer é arrumar o quanto pode a vida dos companheiros do PT, que agora voltam ao governo de Pernambuco.

A Marília Arraes que estava dando um novo fôlego ao partido só vai lhe restar tentar uma cadeira na Câmara Federal. E esta provável candidatura de Marília a deputada pode ser a vingança dela para cima de Humberto, pois todos sabem que apenas um dos dois se elege, e hoje Marília tem muito mais nome do que o senador.  Aguardemos para ver o que vem por aí, que tinha muita gente pensando que o carnaval tinha terminado na terça, outros pensavam que era na quarta, mas Lula e Paulo Câmara demonstraram que o carnaval sequer começou.

Vale a pena lembrar - O senador Armando Monteiro Neto disse em recente entrevista que votaria em Lula se o PT não se aliasse com o PSB. Após esse gesto simbólico do dia de ontem, com a presença da presidente nacional do PT, Armando ainda tem alguma dúvida?

Investida pesada - A aproximação do PSB com o PT em Pernambuco fará com que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) trate com mais prioridade o estado de Pernambuco na montagem de suas alianças estaduais. O governador deverá procurar nos próximos dias, com quem pode contar em Pernambuco para sua candidatura. 

PSDB na realidade - O PSDB de Pernambuco tem que refletir o melhor caminho a seguir a partir de agora. Em 2014, a aliança com o então governador Eduardo Campos não deu muito certo, e agora ou o partido toma uma posição de centro ou vai ser empurrado e taxado como da aliança de Temer no estado. E é um suicídio coletivo querer isso para o partido.

Silvinho Silva 
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